Não são poucas as pessoas que carregam dentro de si um baú com mágoas, amarguras e ressentimentos. Por mais que elas nem toquem no assunto, fica claro o amargor que carregam nas suas almas. Algumas até adoecem – mesmo !
Tenho pensado muito sobre isso esses dias. Estou arrumando a casa interior e me deparei com meus baús.
Descobri que quando a gente não perdoa uma pessoa, ela passa a ter uma força enorme sobre nós, mesmo que estejamos a quilômetros de distância, até mesmo há décadas sem contato algum. Não importa. Está dentro da gente.
É preciso reconhecer o mal que a falta de perdão provoca. Mais do que o mal, o dano que se estabelece em nossa vida.
Das duas uma: continuamos amargurados, adoencendo lentamente, ou nos desintoxicamos, decidimos perdoar, jogar fora o lixo e deixar nosso ofensor ir embora de vez – de dentro de nós.
Perdoar o nosso ofensor não o torna inocente, muito pelo contrário. Não perdoamos porque ele seja merecedor, mas perdoamos porque precisamos nos livrar deste peso.
Perdoamos porque nós precisamos retomar a nossa vida, porque precisamos quebrar a força que nosso ofensor possa ter sobre nós. Essa força fica clara quando nos ressentimos ao ouvir falar dele, ouvir sobre seus dias felizes, ou triunfamos com suas mazelas.
Melhor esquecer. Melhor tocar a vida adiante. Melhor jogar o lixo fora.
Essa uma das decisões mais difíceis da nossa vida – mas a mais libertadora, que nos ajuda a ser uma pessoa melhor.
Sou testemunha viva disso.
Perdoar e esquecer nos ajuda a ser pessoas melhores e ter uma vida melhor. Quem convive conosco agradece.
Por Carla Lima
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